A palavra fraternidade carrega um profundo significado no contexto cristão, pois remete à ideia de que todos somos filhos de Deus e, portanto, irmãos(ãs). Isso implica viver a solidariedade como uma virtude diária, compartilhando recursos, gerando apoio mútuo e promovendo uma construção coletiva mais justa e equitativa.

Nossa fé nos ensina que a fraternidade vai além de uma simples ajuda material. Ela envolve um compromisso de respeito ao próximo, reconhecendo a dignidade de cada indivíduo e a necessidade de promover uma convivência harmoniosa, onde todos possam ter seus direitos respeitados e suas necessidades materiais atendidas.

Em sua primeira edição, em 1964, a Campanha da Fraternidade teve como tema “A fraternidade e a terra”, abordando as questões agrárias no Brasil. Desde então, a campanha tem se diversificado, tratando de uma ampla gama de temas, como a pobreza, a educação, os direitos humanos, o meio ambiente, a saúde pública e a luta contra a violência.

A cada ano, a Campanha da Fraternidade propõe um tema que se alinha às necessidades do contexto atual. Dessa forma, a campanha de 2025 tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Esta edição destaca a importância de uma conversão integral diante da crise socioambiental contemporânea, enfatizando a interdependência entre a humanidade e o meio ambiente. O objetivo é promover, em espírito quaresmal, um processo de conversão que ouça o grito dos empobrecidos e da Terra.

A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a refletir sobre a responsabilidade compartilhada na preservação da nossa Casa Comum, promovendo ações concretas em prol de um Brasil e de um mundo sustentável.

Nesse contexto, o Projeto Fé e Democracia incentiva a participação em três âmbitos (pessoal, comunitário e sociopolítico) em ações consoantes com a Igreja Católica no Brasil:

1 – PESSOAL:

1.1. Estudar individualmente os documentos oficiais da Campanha da Fraternidade 2025, as encíclicas que abordam a temática da ecologia e revisitar o material disponibilizado no curso “Fé e Democracia: o cuidado com a nossa casa comum”.

1.2. Dialogar com as autoridades e a população local (vizinhos, amigos, familiares) para a adoção de medidas em favor do meio ambiente e dos mais empobrecidos e vulneráveis.

1.3. Rejeitar as notícias falsas (fake news) sobre a CF e manifestar-se claramente contra a sua divulgação.

2 – COMUNITÁRIO:

2.1. Criar grupos de estudo sobre as encíclicas e documentos da Igreja Católica que versam sobre a dimensão da defesa do meio ambiente e de nossa casa comum, especialmente a partir da Encíclica Laudato Si’ (Louvado Seja) e da Exortação Apostólica Laudate Deum (Louvai a Deus).

2.2. Promover uma abordagem integradora sobre a Ecologia Integral em nível comunitário (local). Realizar debates e rodas de conversa nos ambientes familiares e de trabalho, com vizinhos, nas associações, nas paróquias, nas Comissões Sociopolíticas da Diocese, nas pastorais, nos coletivos ou movimentos sociais e com companheiros(as) dos diretórios municipais do PT sobre temas que envolvam a preservação de toda a cadeia de vida planetária.

2.3. Buscar reunir companheiros(as) que participam dos grupos de seu bioma no WhatsApp do Projeto Fé e Democracia para, em rede, realizar propostas de iniciativas de incidência social e política com o olhar da Ecologia Integral.

3 – SOCIOPOLÍTICO:

3.1. Mobilizar parlamentares e lideranças políticas para agirmos em conjunto e com propostas de defesa da nossa Casa Comum.

3.2. Participar da Romaria do Projeto Fé e Democracia, cuja temática central será o cuidado com a nossa casa comum.

3.3. Articular a participação na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém do Pará. O evento acontece de 10 a 21 de novembro de 2025, com a presença de chefes de Estado, representantes de entidades não governamentais (ONGs), das Igrejas (Católica e Protestante) e do Vaticano.

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