Relato da Atividade:
Foi realizada na sede do PT de Piracicaba (SP) sob a coordenação da companheira Maria de Fátima dos Santos que fez uma saudação para as pessoas presentes, em seguida discorreu sobre a importância da organização política e popular a partir dos territórios. Também falou que o processo eleitoral é um momento de diálogo com a população e para trabalhar na perspectiva da sua organização. Observou que são poucos os militantes que participam das atividades de ruas. Porém, destacou que, quanto se faz necessário que a militância retome às bases populares, à exemplo do foi nos idos anos 1980 e 1990, a militância responde bem.
O tema debatido na reunião foi “Direitos Humanos e as Eleições 2024” que para falar foi convidado o Professor e Filósofo Dr. Adelino Oliveira.
Tema de extrema relevância, os direitos humanos estão sob ataques pela extrema-direita e ultraconservadores. Os ataques passam pelo retrocesso aos direitos das mulheres e das crianças e adolescentes que com o advento da PL 1904/24 de vítimas por estupros passam a serem criminalizadas em benefícios dos estupradores. Mas, também, passam pelas perdas dos trabalhadores e trabalhadoras, a precarização do trabalho, o sucateamento dos serviços públicos etc. Igualmente, avança a punição da Polícia Militar aos jovens, com destaque para os pardos e negros; violência às crianças, que não têm acesso à escola, o trabalho infantil; a votação do projeto de lei do ensino médio – criança aprendiz (escolarização para formar força de trabalho pro capital.
Que nos últimos anos Piracicaba foi marcada pelos ataques aos direitos humanos: como o fechamento do albergue noturno, precariedade das instalações da Casa de Passagem, a qual não assegura a dignidade humana. Entender dignidade como inerente à condição humana – ser gente!
Nesse sentido, significa que ser gente independe de estar em desacordo com a lei – ainda que cometido um crime, continua sendo detentor de direito à dignidade como gente.
Para o senso comum (fascista), defender os direitos humanos é defender bandido em prejuízo da “pessoa de bem”. Apesar de tal entendimento, não há como deixar de lado a defesa dos direitos humanos. Que se diga: “O grande inimigo dos direitos humanos é a pobreza”.
Assim, a defesa dos direitos humanos deve ser tratada como estratégica – pensar o território como o lugar que a implementação de políticas públicas para os pobres faz a diferença. É no território que será combatido a pobreza e garantido o direito de todos à cidade.
Para tanto, faz-se necessário assegurar moradia popular, melhoria da saúde, educação pública e de qualidade para todos, escola em tempo integral para as crianças e adolescentes, segurança pública, direitos dos trabalhadores, alimento em quantidade e qualidade, cultura, meio ambiente saudável, esporte e lazer, combater todos os tipos de violência, preconceitos, misoginia contra as mulheres. Garantir a cidadania plena!
Também foi suscitado os problemas internos do PT em nível nacional. O partido que nasceu das lutas dos trabalhadores, das pastorais, das CEB’s – Comunidades Eclesiais de Base, ligadas principalmente pela Igreja Católica, incentivadas pela Teologia da Libertação, garantido o direito das diferentes correntes políticas ideológicas, hoje, os mandatários têm o controle, razão pela qual compromete sobremaneira a participação da militância nas instancias e a democracia interna.
O modus operandi atual vigente, tem transformado o partido em instância burocrática e de poucos. O partido está velho, as pessoas que participam são as mesmas, sem direção política e, infelizmente, sem juventude. É preciso que haja mudanças radicais, pois o Partido dos Trabalhadores, considerado como um patrimônio da esquerda, de luta e que defende o povo pobre, a sua existência é imprescindível.
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