Gente amiga,
A marcha das Margaridas foi a primeira grande manifestação realizada em Brasília depois de 6 anos de resistência.
Os mais pessimistas calcularam algo mais de 100.000 mulheres vindas de todos os cantos e recantos do Brasil e de dezenas de países.
Os mais otimistas contaram 200.000. Eu que sou um pessimista na razão e otimista com a vontade, tarimbado em quase 3 décadas de manifestações na Esplanada, afirmo sem pestanejar, que se não foram 200.000, chegou muito próximo.
Independente das catracas e roletas para contar a presença, importa mais é o sentido e alcance e o simbólico da manifestação. Pode se dizer a Reconstrução Nacional somente será possível com a presença das forças vivas da sociedade brasileira.
Certamente, as organizadoras da Marcha das Margaridas devem comemorar o êxito organizativo, a capacidade de articulação social, a capilaridade e a incidência política alcançada na articulação com 22 Ministérios e a presença do Presidente Lula no ato.
A inedita presença de centenas de milhares de mulheres na marcha, indica a potência feminina nesses anos de resistência e transição.
Para quem vive nas securas de Brasília, típicas dessa época do ano, quando os nossos belíssimos ipês se despedem, ver, sentir e saborear o movimento de tantas Margaridas enchem-nos daquela teimosa esperança de que outro Brasil vai se impondo contra o fascismo agônico entre cpis e joias.
Por feliz coincidência ou Providência, a marcha ofereceu uma bela inspiração à maior liderança camponesa da história brasileira, João Pedro Stedile, que no dia anterior desfilou com altivez na dita CPI do MST. Se em Portugal houve a Revolução dos cravos, pode-se dizer que hoje se iniciou a Reconstrução Nacional orientada pela energia das Margaridas.
Paz e Bem!
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